quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Política para o bem ou para o mal?


Aplicar a democracia plena nesse nosso mundo complexo é tarefa complicada. Os territórios são extensos, o número de eleitores é grande, os conflitos pelos direitos individuais e coletivos se ampliaram, as cidades enfrentam problemas cada vez mais inquietantes. Diante de uma realidade tão confusa, ainda há um fator desestimulante: o eleitor se sente distante do eleito. Tende a considerar ritualístico o ato de votar, sem valor decisivo.

Veja o Brasil. Temos uma das maiores democracias do mundo. Um único voto pode parecer pouco nesse mar de eleitores. Mas, cada vez que nos envolvemos com a eleição, com o debate, não estamos sozinhos. Quando conversamos em casa, no trabalho, trocamos impressões e idéias com os amigos, fazemos política. E não é só votar e deixar que os outros decidam por nós. É ficar atento a quem elegemos.

Não se pode ignorar o mundo da política. O seu exercício não se inicia e nem se encerra no ato de votar. Em grande parte, a política se realiza na luta pela inclusão ou retirada de determinados assuntos da agenda de um bairro, de um município, de um estado, de um país.

É pela participação popular, pela cobrança, pela firmeza da justiça, da imprensa, pela melhoria da educação, que o Brasil pode sufocar a ação de políticos que se especializam em fazer politicagem do interesse próprio. Não há como negar que a corrupção, o nepotismo, o desvio do dinheiro público para patrocínio de atividades particulares geram frustração e revolta no cidadão. Mas só a participação política nos faz superar a vergonha de não sermos reconhecidos como cidadãos, de sermos pessoas esquecidas neste mundo.
No Brasil de hoje, falar de política é falar de democracia. Por isso, entender o mundo da política tem tudo a ver com o nosso dia-a-dia. Se a nossa vida vai bem ou vai mal, depende da política.

Cidadania para todos


É comum as pessoas portadoras de necessidades especiais estarem obrigadas a viver em condições de desvantagem, devido a barreiras físicas e sociais existentes na sociedade, que impedem o exercício pleno de sua cidadania.
A República Federativa do Brasil constitui-se em Estado Democratico de Direito, e tem, dentre outros, como fundamentos a cidadania e a dignidade da pessoa humana, que representam direitos fundamentais das pessoas. Constitui um dos seus objetivos fundamentais promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Todos são iguai perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, e é garantia de todas as pessoas o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Todos os cidadãos têm direito de tratamento idêntico, sendo proibido quaisquer especies de diferenciações, arbitrárias e absurdas.
Os individuos possuem as mesmas necessidades, e essas não podem ser medidas de pessoa para pessoa. Essas necessidades são de igual importância, daí deverem constituir a base do planejamento social e ser obrigação do Estado e da sociedade empreenderem todos os esforços necessários para que as pessoas portadoras de necessidades especiais tenham acesso a todos os serviços da comunidade.
É obrigação dos órgãos e das entidades do Poder Público assegurar às pessoas portadoras de necessidades especiais o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive os direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à previdência social, à assistência social, ao transporte, à edificação pública, à habitação, à cultura, ao amparo a infância e à maternidade e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico.
A sociedade civil deve, também, trabalhar pela inclusão social e profissional das pessoas portadoras de necessidades especiais.
As pessoas portadoras de necessidades especiais devem exercer seus direitos e, para isso necessitam saber quais são seus direitos e como assegurálos, em caso de descumprimento pela sociedade e pelo Estado. Ser cidadão é exercer na plenitude seus direitos, sem sofrer qualquer limitação que o prejudique em sua vida pessoal, profissional e social, para que possa, portanto, viver condignamente.
A imagem das pessoas deficientes depende de atitudes sociais baseadas em diversos fatores, que podem constituir a maior barreira para a participação e a igualdade. É costume ver a deficiência como a bengala, as muletas, os aparelhos auditivos e as cadeiras de rodas, sem se ver a pessoa.É necessário focalizar a capacidade da pessoa deficiente e não as suas limitações.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O SERMÃO SOBRE A INJÚRIA


E o Bem-Aventurado observou os costumes da sociedade e notou quanta miséria decorre da malícia e de estúpidas ofensas feitas somente para satisfazer a vontade e o amor-próprio.
Buda disse: “Se um homem insensatamente me faz mal, eu lhe pagarei com a proteção de meu desinteressado amor; quanto mais mal vem dele, mais bondade sairá de mim; a fragrância do bem sempre vem para mim e o ar nocivo do mal vai para ele”.
Certo homem insensato, sabendo que o Buda seguia o princípio de amor que recomenda revidar o mal com o bem, começou a insultá-lo. Buda permaneceu em silêncio, lamentando sua insensatez.
Quando o homem terminou de insultá-lo, Buda chamou-o, dizendo-lhe: “Filho, se um homem declina de aceitar a dádiva que lhe é feita, a quem esta pertencerá?” E ele respondeu: “Neste caso, a dádiva pertencerá ao ofertante”.
“Meu filho”, disse Buda,
“tu me injuriaste, mas eu declino de aceitar teus insultos, rogo-te que os guardes tu mesmo. Não te será isso uma fonte de desgosto? Como o eco pertence ao som e a sombra à substância, assim o mal recairá sem falta sobre o doador do mal”.
O insultante não respondeu, e Buda continuou:
“O homem perverso que censura o virtuoso é como aquele que olha o alto e escarra para o céu; o escarro não mancha o céu, mas recai e suja a sua própria pessoa”.
“O caluniador é como aquele que arremessa pó sobre outro quando o vento sopra contrário; o pó recai sobre quem o lançou. O homem virtuoso não pode ser atingido e o mal que o outro pretendia infligir-lhe volta-se contra ele”.
(Buda)